ODONTOPEDIATRIA

O que é Odontopediatria?

É a área da odontologia responsável pelo tratamento odontológico em bebês, crianças, adolescentes e gestantes, visando principalmente a prevenção e manutenção da saúde bucal, mas também sua reabilitação.

As técnicas de Manejo Comportamental ajudam o dentista a adequar a criança garantindo o bom atendimento evitando possíveis traumas. Dessa forma, os pequenos sentem-se confiantes para obedecer às orientações sem problemas.

Aplicação Tópica de Flúor​

Também conhecida como ATF, a Aplicação Tópica de Flúor é um procedimento indolor que visa prevenir os dentes de serem acometidos pela cárie e/ou reverter a lesão de cárie no estágio de mancha branca. Neste caso, o flúor favorece a formação de cálcio e potássio que são fundamentais aos dentes.

Aplicação de Selantes

O que é um selante dentário?

É um tipo de revestimento de resina transparente aplicado sobre os dentes, principalmente os molares e pré-molares por apresentarem sulcos que podem acumular resíduos.

Pra que serve o selante dentário?

São aplicados sobre a estrutura de dentes posteriores (nos sulcos, cicatrículas e fissuras) para ajudar a prevenir a cárie. Muitas vezes, este procedimento é realizado em crianças entre seis e doze anos, mas não existe restrição de idade. Se for o caso, o dentista também pode indicar selantes para adolescentes e adultos.

Qual a idade ideal para iniciar o Tratamento Ortodôntico em Crianças?

Quando se pensa em tratamento ortodôntico em crianças, frequentemente há por parte dos pais uma dúvida sobre a idade ideal para o início do tratamento. Não existe uma idade correta para início de todos os tratamentos ortodônticos, e essa definição vai depender de alguns fatores como o do tipo de má-oclusão apresentada, severidade do problema, condição psicológica do paciente para aceitação e cooperação no tratamento e implicação estética, funcional e psicológica da má-oclusão no desenvolvimento do paciente.

Más-oclusões que prejudiquem o desenvolvimento normal da oclusão, como as mordidas cruzadas posteriores e anteriores, devem ser interceptadas precocemente, muitas vezes ainda em dentição decídua (dente de leite) (entre 4 e 5 anos de idade), se o perfil psicológico do paciente for condizente com o tratamento nessa idade (Figuras 1A e 1B).

Figura 1. Paciente com 4 anos na fase de dentição decídua portadora de mordida cruzada total (anterior e posterior) e má-oclusão de Classe III , tratada com expansão e protração maxilar.

A mordida aberta pode ser tratada na dentição decídua (dente de leite)  somente com eliminação de hábitos nocivos, sem necessidade de interceptação. Na dentição mista (6 a 10 anos de idade), normalmente a eliminação do hábito não é suficiente para o fechamento da mordida e então é necessária terapia de intervenção ortodôntica assim que o paciente possuir incisivos e primeiros molares irrompidos, em torno de 7 anos de idade (Figuras 2A e 2B).

Figura 2. Paciente com 7 anos na fase de dentição mista portador de mordida aberta anterior proveniente de hábito de chupeta interrompido 1 ano antes e apresentando interposição de língua na deglutição e fala que impediam o fechamento espontâneo. 

Procedimentos preventivos de manutenção de espaço devem ser realizados sempre que há perda precoce de dentes de leite. Supervisão de espaço é um procedimento de distribuição de espaços ocupando o espaço livre  para resolução de problemas de apinhamentos anteriores e deve ser iniciado em primeiro período de dentição mista (7 anos de idade) estendo-se até o final da dentição mista (10 anos). A recuperação de espaços é um procedimento interceptativo realizado sempre que há perda de dentes de leite sem que os procedimentos de manutenção tenham sido respeitados e deve ser o mais cedo possível após a detecção do problema, para permitir a erupção espontânea do dente permanente.

O tratamento da má-oclusão de Classe II normalmente pode ser iniciado em   final de segunda fase de dentição mista ou dentição permanente precoce, obtendo-se resultados semelhantes àqueles obtidos caso o tratamento fosse iniciado precocemente.

Aqui na Odonto Cambé, a nossa profissional em Odontopediatria e em Saúde Coletiva, tem especialização em Intervenção ABA e especialização com pacientes com Transtorno do Espectro Autista!

Veja sobre a Intervenção ABA e Transtorno do Espectro Autista

Intervenção ABA é uma solução humanizada para pacientes com autismo. Ela pode proporcionar uma abordagem mais eficaz, já que se baseia, em princípio, no comportamento do indivíduo, procurando trazer técnicas que se adaptem a ele.
Existem muitos benefícios tanto para o terapeuta que consegue ter uma abordagem mais efetiva, quanto para o paciente. Entre as principais destacam-se:

  • melhora significativa nas habilidades sociais do paciente;
  • redução de comportamentos agressivos e de autoagressão;
  • melhora na comunicação e desenvolve melhor o  comportamento

    Este artigo aborda a aplicação da Análise do Comportamento Aplicada (ABA) no tratamento de pacientes com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

    O TEA é uma condição neurobiológica caracterizada por déficits na comunicação, interação social e padrões restritos e repetitivos de comportamento. A ABA é uma abordagem terapêutica baseada em evidências, que visa modificar comportamentos indesejados e promover habilidades adaptativas por meio de técnicas de reforço e intervenções estruturadas. Neste artigo, serão discutidos os princípios da ABA, as estratégias de intervenção utilizadas, os benefícios observados no tratamento de pacientes com TEA e as considerações éticas envolvidas.

    O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neuropsiquiátrica complexa, caracterizada por dificuldades na comunicação verbal e não verbal, déficits na interação social e padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades. O diagnóstico de TEA é baseado na observação clínica de comportamentos característicos, sendo crucial uma intervenção precoce e adequada para melhorar a qualidade de vida do paciente.

    A Análise do Comportamento Aplicada (ABA) é uma abordagem terapêutica amplamente reconhecida e utilizada no tratamento de indivíduos com TEA. A ABA é fundamentada nos princípios do behaviorismo, enfatizando a observação e a análise objetiva do comportamento, bem como a aplicação de técnicas de reforço positivo para promover mudanças comportamentais significativas.

    Princípios da ABA:

    Os princípios básicos da ABA incluem a identificação e análise funcional do comportamento, o estabelecimento de objetivos específicos e mensuráveis, a implementação de intervenções baseadas em evidências e a avaliação contínua do progresso do paciente. A ABA é uma abordagem altamente individualizada, adaptando-se às necessidades e habilidades únicas de cada paciente com TEA.

    As estratégias de intervenção da ABA abrangem uma ampla variedade de técnicas comportamentais, incluindo o treinamento de habilidades sociais, comunicação funcional, redução de comportamentos problemáticos e promoção de habilidades de vida diária. O uso de reforço positivo é fundamental na ABA, incentivando e recompensando comportamentos desejados para aumentar sua frequência e consistência.

    Estudos científicos têm demonstrado consistentemente os benefícios da ABA no tratamento de pacientes com TEA. Os benefícios incluem melhorias na comunicação, interação social, autonomia, habilidades acadêmicas e redução de comportamentos desafiadores. A ABA também tem sido associada a resultados positivos a longo prazo, proporcionando aos pacientes com TEA a oportunidade de alcançar seu pleno potencial e integrarem-se de forma mais eficaz à sociedade.

    Embora a ABA seja amplamente reconhecida como uma abordagem eficaz no tratamento do TEA, é importante considerar questões éticas relacionadas à intervenção comportamental. Isso inclui o respeito à autonomia do paciente, a garantia de consentimento informado dos responsáveis e a promoção da dignidade e dos direitos humanos. Além disso, a formação e supervisão adequadas dos profissionais que implementam a ABA são essenciais para garantir práticas éticas e de alta qualidade.

    Em suma, a Análise do Comportamento Aplicada (ABA) emerge como uma abordagem terapêutica eficaz e baseada em evidências no tratamento de pacientes com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Ao focar na modificação de comportamentos, promoção de habilidades adaptativas e melhoria da qualidade de vida, a ABA oferece esperança e oportunidades para indivíduos com TEA alcançarem seu pleno potencial e integrarem-se de forma significativa à sociedade.

    Referências:

    1. Smith, T. (1999). Outcome of early intervention for children with autism. Clinical Psychology: Science and Practice, 6(1), 33-49.
    2. National Autism Center. (2015). National standards project, phase 2. Randolph, MA: National Autism Center.
    3. Lovaas, O. I. (1987). Behavioral treatment and normal educational and intellectual functioning in young autistic children. Journal of Consulting and Clinical Psychology, 55(1), 3-9.
    4. Dawson, G., Rogers, S., Munson, J., Smith, M., Winter, J., Greenson, J., & Varley, J. (2010). Randomized, controlled trial of an intervention for toddlers with autism: The Early Start Denver Model. Pediatrics, 125(1), e17-e23.

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